Guerreiro da Oração

A Aparição de Nossa Senhora em Pontmain

1870, Pontmain, França

Em 19 de julho de 1870, o Imperador Napoleão III da França declarou guerra à Prússia. Desde os primeiros dias da guerra, derrota se seguiu a derrota. Em janeiro de 1871, Paris estava sitiada, dois terços do país estavam sob o poder dos prussianos, e eles estavam avançando em direção ao oeste da França. Em 17 de janeiro de 1871, os prussianos estavam do outro lado do rio de Laval, que é a cidade ao lado de Mayenne.

Ao cair da noite de 17 de janeiro, Pontmain, uma pequena cidade no norte de Mayenne, estava coberta por um manto de neve. Embora o estrondo dos canhões pudesse ser ouvido, a família Barbedette estava ocupada com suas tarefas domésticas antes do jantar. Em um celeiro no meio da cidade, dois meninos, Eugene, 12, e Joseph, 10, Barbedette, estão ajudando seu pai a alimentar os cavalos. Alguns minutos antes das seis da noite, aproveitando uma pausa no trabalho, Eugene sai do celeiro e vê no céu uma “Senhora”. Ela estende suas mãos abaixadas em um gesto de boas-vindas e sorri para ele.

Nossa Senhora de Pontmain, 4 Fases da Aparição

Joseph chega alguns momentos depois e também vê a Senhora. Mas os pais dos meninos não veem nada. As Irmãs da escola são chamadas. Novamente, elas não veem nada. Mas duas meninas com elas, Frances Richer, 11, Jeanne Marie Lebosse, 9, veem a bela Senhora.

A Senhora, conforme descrita por Eugene, estava vestida com um manto esvoaçante de azul profundo e radiante cravejado de estrelas douradas. As mangas eram largas, estendendo-se até as mãos. Ela usava chinelos azuis, amarrados com fita dourada em forma de roseta. Seu cabelo estava completamente coberto com um véu preto jogado sobre seus ombros, chegando até o nível do cotovelo. Em sua cabeça, uma coroa de ouro se elevava ligeiramente a um pico. Não tinha ornamento na frente, exceto uma faixa vermelha circulando o centro. Suas mãos estavam estendidas — “como a Medalha Milagrosa”, mas sem os raios de luz.

As Crianças Visionárias de Pontmain

De tempos em tempos, a Senhora ficava triste por causa de algumas pessoas altivas e barulhentas na multidão, mas ela sorria de volta, especialmente com as orações e hinos, o Rosário e canções marianas do povo liderado pelo pároco, Padre Guerin, e as duas irmãs. Enquanto a congregação recitava o Rosário, estrelas se reuniam aos pares, abaixo dos pés da Senhora, como se representando as Ave Marias do Rosário. Então, uma faixa branca, com cerca de um metro de largura, se desenrolou sob os pés da Senhora, formando assim um retângulo perfeito. Ali ela soletrrou sua mensagem:

MAS ORAI, MEUS FILHOS, DEUS ATENDERÁ EM BREVE
MEU FILHO DEIXE-SE TOCAR

Depois de algum tempo, ela levantou as mãos à altura do ombro, braços abertos e ligeiramente curvados para trás e cotovelos próximos ao corpo. Então, uma grande cruz vermelha apareceu nas mãos da Bem-Aventurada Virgem. A figura de Cristo crucificado era de um tom vermelho mais escuro, mas não havia sangue saindo das feridas. A comunidade rezou suas orações noturnas juntas. Um grande véu branco começou a cobrir a figura da Virgem, subindo lentamente até seu rosto e então ela deu seu último sorriso às crianças. Quando as orações noturnas chegaram ao fim, a Aparição terminou. Eram cerca de nove horas. A Aparição terminou depois de durar cerca de três horas.

Nossa Senhora de PontmainEnquanto isso, no final da noite de 17 de janeiro, o General Von Schmidt do Exército Prussiano, que estava prestes a invadir Laval em direção a Pontmain, recebeu ordens de seu Comandante para não tomar a cidade. A invasão do Oeste Católico nunca se concretizou. Em 23 de janeiro de 1871, o Armistício tão esperado foi assinado. A promessa, “Deus atenderá em breve ao seu pedido” de Nossa Senhora da Esperança, havia sido cumprida. Logo, os trinta e oito homens e meninos convocados de Pontmain retornaram para casa ilesos. Diz-se que o General Schmidt disse na manhã de 18: “Não podemos ir mais longe. Ali, na direção da Bretanha, há uma ‘Madonna’ invisível bloqueando o caminho.”

Na Festa da Purificação, 2 de fevereiro de 1872, o Reverendíssimo Wicart, Bispo de Laval, emitiu uma carta pastoral dando um julgamento canônico sobre a Aparição. Assim, a veneração de Nossa Senhora de Esperança de Pontmain recebeu o reconhecimento e a aprovação oficial da Igreja. Uma basílica foi construída e consagrada em 15 de outubro de 1900.

As Cinco Fases da Aparição

Primeira Fase

O primeiro dos meninos a ver a Senhora real foi Eugène Barbedette. A Senhora usava um vestido azul decorado com estrelas, sapatos muito simples com fivela dourada, uma coroa de ouro sobre um véu preto cobrindo o cabelo e metade da testa até os ombros.

A Senhora sorriu para o menino, como para o irmãozinho Joseph que chegou pouco depois. As crianças correram para contar o que viam para seus pais, Victoire, que começou a entender que se tratava da Virgem Maria, e correram para encontrar a Irmã Vitaline na escola paroquial para contar o que seus filhos diziam estar vendo.

Outra irmã, Marie Edouarde, rapidamente informou o pároco, Padre Michel Guerin. Enquanto isso, toda a aldeia havia ido até o celeiro e todos começaram a rezar, guiados pela Irmã Vitaline.

Segunda Fase

Pouco depois, quando o padre chegou ao seu povo no local, um oval azul com quatro velas apagadas apareceu ao redor da bela Senhora, enquanto uma pequena cruz vermelha se tornou visível em seu vestido, no nível do Seu coração.

Naquele momento, Ela ficou triste. Enquanto isso, a multidão começou a discutir o que estava acontecendo enquanto a agitação aumentava, então o pastor pediu a todos que rezassem, e a Irmã Marie Edouarde começou a rezar o Santo Rosário.

Então a Senhora começou a sorrir e, assim que a oração se tornou mais fervorosa, Ela começou a aumentar de tamanho; Também o oval ao redor Dela cresceu e as estrelas, multiplicando em número, foram descansar aos Seus pés.

Uma vez terminado o Rosário, a multidão cantou o Magnificat, e naquele momento uma grande faixa branca se desenrolou aos pés da Senhora e letra por letra, palavras apareceram: “Mas rezem, meus filhos.”

A convite do padre, todos rezaram as Ladainhas Marianas e a frase em uma linha foi completada: “Deus responderá em breve.” Então ele entoou a Inviolata, e a invocação “Ó alma Mater Christi, mais querida” dois termos apareceram no início da segunda linha: “Meu Filho …”

E quando a multidão rezou o Salve Regina, a mensagem escrita continuou com “… permitirá que se mova”. Finalmente, o grande grupo continuou a rezar em silêncio. Todos, desde o início da frase – “Meu Filho” – entenderam que era de fato a Virgem Maria.

Terceira Fase

As pessoas reunidas lá, então, continuaram com a canção “Mãe da Esperança”, e neste ponto a Virgem levantou as mãos à altura dos ombros, movendo os dedos no ritmo da canção, como se para dedilhar uma harpa invisível. A alegria das crianças irrompeu, arrancando delas repetidamente o grito: “Ó como Ela é linda!”, Enquanto Maria sorria para eles.

Então as duas frases na faixa desapareceram lentamente, fazendo com que a mensagem também desaparecesse e dando lugar a uma cor de fundo semelhante ao céu noturno. As crianças começaram outra canção, a que haviam feito na escola à tarde; naquele momento o rosto de Maria mostrou grande tristeza.

Quarta Fase

Assim que começaram a cantar, diante da Virgem apareceu uma cruz vermelha de 50 cm com logo acima um pergaminho branco com as palavras “Jesus Cristo.” O Senhor apareceu ensanguentado. Cantando o Parce Domine, a Virgem Maria pegou a cruz com as duas mãos e a inclinou em direção às crianças, que avisaram a todos que Ela estava ficando triste novamente.

Então, uma pequena estrela acendeu as quatro velas dentro do oval, assim como o mesmo padre costumava fazer no altar da Virgem na igreja paroquial. A multidão continuou a rezar em silêncio, e a estrela foi se posicionar acima da cabeça da Senhora.

Quinta Fase

Finalmente, a Irmã Marie Edouarde rezou o Ave Maris Stella e a cruz vermelha desapareceu, mas apareceu ao mesmo tempo, duas outras pequenas cruzes brancas em cada ombro da Senhora que começou a sorrir novamente.

O padre convidou os presentes ali a rezarem com ele as orações da noite e todos se ajoelharam. No exame de consciência, um véu branco se levantou lentamente dos pés da Virgem, fazendo-a desaparecer gradualmente da vista das crianças.

A visão finalmente terminou por volta das nove horas da noite. Todos então retornaram para suas casas.

O Segredo de Pontmain

por Louis d’Alencourt

Este artigo propõe revisitar a aparição de Pontmain sob um novo ângulo, destacando o que seria, segundo minha interpretação, sua significância escatológica.

Como qualquer aparição da Bem-Aventada Virgem, há uma mensagem imediata, que diz respeito ao período da aparição (neste caso a guerra de 1870 entre a Prússia e a França), e uma mensagem de maior alcance que se aplicará aos últimos tempos do mundo.

Uma aparição de 3 horas e meia

O primeiro ponto é a duração da aparição: ela dura das 17h30 às quase 21h: quase três horas e meia, mas não exatamente.

Já deveríamos saber que 3 e meio corresponde a um tempo recorrente na Bíblia, expresso de diferentes maneiras: um tempo, dois tempos, meio tempo, ou três dias e meio, ou três anos e meio, ou 42 meses, ou 1260 dias: é sempre a mesma noção de duração que é expressa por este "3 e meio".

Agora isso é exatamente o que Pontmain expressa: um pouco menos de 3 horas e meia.

Encontramos essa duração em "3 e meio" em momentos-chave da história sagrada: trata-se da duração da vida pública de Cristo (um pouco menos de 3 anos e meio), também é a duração da vida da besta do Apocalipse, 3 anos e meio, ou 42 meses, tempo que será encurtado prometido a nós por Jesus em Mateus 24.

Portanto, há um primeiro vínculo, por essa duração, com o fim dos tempos, e principalmente com o período mais difícil de tribulações, o do reinado da besta, portanto do Anticristo.

Uma aparição silenciosa e noturna

O segundo vínculo com o fim dos tempos confirma o que se percebe. Um caso extremamente raro, mas não único.

Então Pontmain foi uma aparição:

1) Silenciosa
2) Noturna
3) E no céu

É importante conhecer o simbolismo dos lugares e relacioná-los ao simbolismo bíblico. Quando Maria aparece em uma gruta em Lourdes ou em uma montanha em La Salette, ela expressa a mesma noção: a gruta, a montanha, significa isolamento do mundo.

Quando Jesus diz, “Quando virdes a abominação da desolação erguida em um lugar sagrado, aqueles que estiverem na Judeia fujam para as montanhas” (acrescentando cuidadosamente: “o que lê entenda”). Ele não se refere a uma fuga, mas a uma resistência do povo de Deus diante do mundo. Porque quando isso não é governado por princípios cristãos, pertence a Satanás, e chamamos de Babilônia.

“Saí da Babilônia, meu povo!” é o grito alarmado do Apocalipse, que nos diz para não participar de abominações e na vida perversa do mundo. Em outras palavras, não se misturar a ela. De fato, “Rezai e fazei penitência” é a mensagem constante de Lourdes e La Salette.

Notamos que em Fátima, Maria está como descansando em uma árvore; isso já anuncia o Jardim do Éden, a Jerusalém celestial, e então a ressurreição da Igreja indicada pelo milagre do sol.

Em Pontmain ainda não estamos lá, porque se Nossa Senhora aparece à noite, no céu, e sem falar, significa que estamos no auge da tribulação, então na escuridão, e que ela será nosso único farol, uma luz apenas aparentemente silenciosa.

Em La Salette, falando dos apóstolos dos últimos tempos, Ela diz claramente:

“Estou convosco e em vós, desde que a vossa fé seja a luz que ilumine estes dias de desgraça. Lutai, filhos da luz, poucos os que podem ver, porque agora é o tempo dos tempos, o fim dos fins.”

Então a luz é a fé, o guia é Maria, e incluindo um pouco de “descanso”, o mundo todo está no escuro. Por isso Ela está em silêncio, porque se aproximará de nós espiritualmente, através da fé. Durante as provações, o tempo de Suas aparições terá terminado, tudo estará em um nível interno.

Outro pequeno detalhe: atrás da casa do Guidecoq, havia um campo (no local da igreja atual), e Ela se mostrou acima dele, como em Tilly.

Vamos analisar as cinco fases da aparição.

Fase 1 – Maria é a Ponte

Maria atua como uma ponte entre o início e o fim da Igreja.

Quando Ela aparece, está sozinha no céu. Ela veste um vestido azul pontilhado de estrelas; tem um véu preto na cabeça que desce até a metade da testa (e parece confirmar o que acabou de ser dito como um símbolo de sofrimento e dor), e sobre este, uma coroa de ouro (o centro cercado por uma fina linha vermelha).

As estrelas, com cinco pontas, podem ser vistas como uma referência ao número 5, por exemplo, nos dedos de uma mão (que, aliás, Ela estará movendo junto com a outra, para dar ritmo a uma canção).

A vila se chama Pontmain (Ponte-mão), como se a mensagem fosse: “Eu sou uma ponte entre dois elementos cujo valor é 5”. Esta figura provavelmente também se refere à angústia final da Igreja, pois personifica as cinco feridas de Cristo.

Pode-se dizer, portanto, que Pontmain representa a ponte da última Paixão da Igreja, durante a qual Maria vela por seu povo anunciando e prometendo o retorno de Seu Filho (a Parousia).

A Virgem Maria está no centro de 3 grandes estrelas: uma clara referência à divina Trindade, da qual Ela é a Mensageira.

Fase 2 – A Mensagem Codificada

Uma Mensagem Codificada

A segunda fase é crucial para a compreensão de toda a mensagem e começa com a chegada do padre Guérin ao celeiro.

O que acontece naquele momento?

1) No momento em que ele chega, uma pequena cruz vermelha é rapidamente delineada no coração de Maria.

2) Com a mesma velocidade e ao mesmo tempo, um oval azul aparece ao redor da bela Senhora, deixando fora as 3 estrelas mencionadas, e dentro 4 suportes com suas velas apagadas.

É claro que a pequena cruz vermelha, formada com a chegada do padre, simboliza a Igreja, e sua cor revela o futuro trabalho.

O mesmo significado emerge para o oval, do qual se pode entender o seguinte:

– Que a Igreja entra em Sua Paixão (cruz vermelha)
– Isso é limitado no tempo (oval fechado)
– Que sua duração será baseada em quatro (4 velas)
– Que a Trindade controla as operações (porque as 3 estrelas são deixadas de fora)
– Que o Céu nos dá a Santa Mãe como o principal apoio e guia durante a angústia (porque Ela está dentro do oval).
– Que a Paixão ocorrerá em etapas como a aparição faz.

Segunda parte da fase 2 – O Banner da Escrita

MAS OREM MEUS FILHOS DEUS RESPONDERÁ EM BREVE
MEU FILHO DEIXE-SE MOVER

Aqui, a análise não leva em consideração, por enquanto, o conteúdo do texto escrito, mas seu aspecto simbólico que parece conter uma mensagem criptografada.

1) Parece que a única instrução dada é a oração: “Mais priez” (Mas orem).
2) Maria se aproxima de Seu povo, mas não de todos: “mes enfants” (meus filhos).
3) O “Mais” (palavra inicial, ou seja, “Mas”) é mostrado sozinho, por 10 minutos. Por quê?

Porque nos dá um calendário preciso de eventos e, portanto, não é mais a situação, desde aquele momento, duvidar da conexão com as tribulações do fim dos tempos. As letras de “Mais” somadas, (de acordo com o alfabeto francês; ndt), formam o número 42. (a = 1, b = 2 etc.).

Bem, como já foi visto anteriormente, 42 meses são 3 anos e meio, e correspondem principalmente à vida do “beast” do Apocalipse.

Assim, a persistência solitária (por 10 minutos) do primeiro termo “Mais” significa: “O que tenho para te dizer está em relação ao 42” ou “começa com 42” e sabemos o que essa figura indica, basta ler o capítulo 13 do Livro do Apocalipse sobre o período da besta, a sexta trombeta.

Assim, explicaria-se “o erro” do “Mas” inicial, já que ele só deveria ser utilizado como continuação de outra frase (aqui faltando) que justifica o significado.

Como resultado, graças ao 42, agora sabemos que este “Mas” introduz o sexto período e se refere implicitamente a tempos anteriores. Estamos no meio das três aflições apocalípticas, justamente na segunda.

4) Finalmente, a declaração é uma promessa cheia de esperança: as orações de Seus filhos serão atendidas.

Este providencial “mas” nos direciona não apenas ao período de tempo em que estamos, em comparação com o Apocalipse, mas sugere uma frase contendo alguma indicação de eventos, porque através desta mensagem escrita, a Virgem revela o desenrolar das tribulações e suas datas-chave.

A segunda parte da fase 2: o banner de escrita

A Mensagem revela pelo menos dois níveis de leitura

a) Um significado imediato – a promessa de uma intervenção divina a curto prazo – na medida em que o povo de Deus o obterá através da oração; como foi o caso do armistício (entre a França e a Prússia) que se tornou efetivo poucos dias depois.

b) Um significado de código, para uma interpretação de longo prazo, que está localizado na própria estrutura da frase:

Na primeira linha: 47 pontos + 1 ponto dourado grande.

Na segunda linha: 22 letras + 1 traço sublinhado que o enfatiza totalmente.

Porque a aparição ocorreu em 17 de janeiro de 1871, o cálculo é simples:

1) 1871 (incluído, porque estamos no início do ano) + 47 = 1917: Fátima.

Notamos que Fátima é totalmente simbolizada no 48º “caractere”: um ponto grande “como um sol dourado da mesma altura das letras” de acordo com o dizer dos videntes. E a aparição de Fátima é famosa pelo milagre do sol em 13 de outubro.

2) 1917 + 22 = 1939.

Mas, se você considerar que o ponto grande tem valor de uma letra, por ter a mesma altura das outras, como dito anteriormente acima, o seguinte cálculo segue:

1917 + 1 + 22 = 1940.

O primeiro cálculo dá o ano da declaração de guerra da França à Alemanha.

O segundo, vice-versa, refere-se à invasão e ocupação da França pelos alemães; triste lembrança da situação de 1870-1871… mas pior!

3) O sublinhado representa a totalidade da segunda frase, portanto, pode ser considerado ter o mesmo valor, a saber, 22 outros tipos de letra! Então temos:

No primeiro cálculo – 1939 + 22 = 1961 – o ano da convocação oficial do Segundo Concílio do Vaticano através da Bolla de Convocação “Humanae salutis” do Papa João XXIII em 25 de dezembro de 1961.

Bolla de Convocação “Humanae Salutis” do Papa João XXIII

No segundo cálculo – 1940 + 22 = 1962 – o ano real do mesmo Conselho, aberto em 11 de outubro de 1962.

Na frase sublinhada contém-se, no entanto, uma informação que não aparece explicitamente e que precisa ser extraída. Ela vem dos espaços vazios igualmente destacados pelo longo sublinhado, e são 4.

Se os espaços normais são apenas “brancos” e “vazios”, portanto não podem ser calculados, aqueles sublinhados possuem uma pegada adicional que lhes confere um valor especial.

Portanto, adicionando-os à primeira contagem, ou seja, o ano da convocação oficial do Conselho, obtém-se a data de sua conclusão:

1939 + 22 + 4 = 1965 (ou seja, em 8 de dezembro de 1965).

Aqui, portanto, a mensagem simbólica de Pontmain em 3 datas-chave:

1) Fátima e a Primeira Guerra Mundial
2) A Segunda Guerra Mundial
3) O Concílio Vaticano II, justamente considerado por Monsenhor Lefebvre, semelhante a uma terceira guerra mundial.

Um último ponto:

O estandarte começa a se formar ao rezar o Magnificat, ou seja, durante um hino messiânico anunciando a Justiça Divina, recompensando os bons e confundindo os ímpios.

A mensagem continua a aparecer gradualmente durante as Ladainhas, a Inviolata e a Salve Regina, que são as três orações que nos colocam sob a proteção da Santa Virgem.

Fase 3 – Esperança

Depois de transmitir esta importante escrita, Maria insiste na esperança. A terceira fase é dedicada precisamente a esta virtude. Por quê?

1) A mensagem no estandarte permanece em exibição durante todo o período da canção “Mãe da Esperança.”

2) Maria acompanha o coro sorrindo e movendo os dedos.

Ela assim destaca a importância de tal virtude, como já havia anunciado em La Salette. Esperança que está contida no mesmo texto do Magnificat. É por isso que o estandarte escrito começou a se tornar visível com essa canção.

O mesmo texto que Nossa Senhora apresentou, cinco anos depois (mesmo 5), em Sua aparição de Pellevoisin, em continuidade com o de Pontmain.

Fase 4 – A Paixão da Igreja

A quarta fase expressa muito claramente a entrada na mais ativa e dura das tribulações, que chamaremos de Paixão da própria Igreja.

O estandarte que acabou de se dissolver, e há, portanto, no final das datas descritas acima: as de 1962 ou 1965, logo após o Concílio Vaticano II.

E o que acontece?

1) Ela recai na tristeza.
2) Uma cruz vermelha brilhante aparece com um Cristo da mesma cor, mas mais escuro.
3) Acima do Divino Crucificado aparece uma inscrição em letras maiúsculas: JESUS CRISTO.
4) Uma estrela iluminou as quatro velas.

O Cristo ensanguentado e a cruz vermelha mostram sem dúvida a Paixão da Igreja entrando, de fato, na idade mais crua de Sua perseguição, após o Concílio Vaticano II.

De onde veio o olhar aflito no rosto de Maria que superou tudo o que se pode imaginar? – Você pergunta a Joseph Barbedette.

Quando se sabe o que a Igreja se tornou em 50 anos, sua liturgia, fé, a apostasia e a miríade de almas perdidas e enviadas para o inferno, você pode muito bem entender esta imensa expressão de tristeza.

As quatro velas acesas indicam que esta fase é baseada em um valor de “4”

E certamente se trata da Igreja, pois Ela está sempre no oval.

Jésus-Christ = 151

O nome de Jesus Cristo, escrito por extenso, é uma indicação escatológica que pode ser interpretada desta forma.

Antes do altar, dizemos “adiutorium nostrum in nomine Domini,” que significa: “A nossa ajuda está no nome do Senhor.” Não unicamente no Senhor, mas também em Seu nome!

Este nome tem um valor de “151”, usando o mesmo método usado para o “Mais” ou “Ma” (isto é, contando e somando o alfabeto francês; NDT), sem fazer nenhuma numerologia.

Agora, tendo Nossa Senhora em La Salette em 1864 dado o ponto de partida indicativo do período de perseguição (para a Igreja) no sentido mais amplo, esse ano adicionado a 151 dá 2015. E isso confirma que estamos vivendo, em pleno, o último tempo extra à nossa disposição.

Tenha também em mente que esta frase está sendo formada durante o canto do “Parce Domine” que é particularmente adequado às tribulações:

“Parce Domine, parce populo tuo” (Perdoa-me Senhor, perdoa o teu povo)
“It in aeternum irascaris nobis” (Não te iras conosco para sempre).

A correlação entre o desenrolar da aparição e as canções (e o que elas significam) é muito esclarecedora.

Fase 5 – O Sepulcro e as Duas Testemunhas

O padre pede ao povo para cantar o Ave Maris Stella e instantaneamente:

1) A cruz vermelha desaparece.
2) As quatro velas permanecem acesas.
3) Duas pequenas cruzes brancas são colocadas nos ombros da Virgem.
4) Ela volta a sorrir, mas com uma marca de gravidade, como se permanecesse uma memória de Sua tristeza anterior.

Isto também é muito simples de entender: o crucifixo desaparece porque a Igreja está no sepulcro; esta é a última fase da Paixão; é por isso que as quatro velas estão acesas e o oval está sempre presente.

E como a Igreja está no sepulcro, restam apenas os justos, simbolizados pelas duas cruzes brancas que representam as duas testemunhas do Apocalipse.

Estas últimas são o emblema do laicato e dos consagrados ainda fiéis à antiga doutrina (a lealdade tão altamente exigida por Jesus no Evangelho) guiados apenas pela fé e esperança neste último período de engano e sofrimento.

No estágio anterior, Maria estava olhando para o crucifixo, enquanto aqui novamente Ela tem Seus olhos voltados para os visionários, Seus filhos, portanto os filhos de Deus, os justos que permaneceram fiéis, e descritos em La Salette como apóstolos dos últimos tempos.

E acima de tudo, a última canção é a do Ave Maris Stella, que explica todo o curso de três anos no sepulcro, durante o qual a Virgem Maria e os apóstolos dos últimos tempos atuarão para alcançar o que está contido na própria canção (Ave Maris Stella). E é natural que seja a última, que contém tudo!

O texto latino do hino autorizado para uso na Liturgia das Horas do Rito Romano (forma ordinária) é o seguinte:

Ave, maris stella,
Salve, estrela do mar,
Dei mater alma,
Mãe nutridora de Deus,
atque semper virgo,
E sempre Virgem
felix cœli porta.
Feliz porta do Céu.

Sumens illud «Ave»
Recebendo aquele “Ave”
Gabrielis ore,
Da boca de Gabriel,
funda nos in pace,
Estabelece-nos na paz,
mutans Evæ nomen.
Transformando o nome de “Eva”.

Solve vincla reis,
Solta as correntes dos culpados,
profer lumen cæcis,
Envia luz aos cegos,
mala nostra pelle,
Afasta nossos males,
bona cuncta posce.
Roga por todos os bens.

Monstra te esse matrem,
Mostra-te como Mãe:
sumat per te precem
Que Ele receba a oração por meio de Ti,
qui pro nobis natus
Aquele que, nascido por nós,
tulit esse tuus.
Assumiu ser Teu.

Virgo singularis,
Ó Virgem única,
inter omnes mitis,
Mansa acima de todas,
nos culpis solutos
Liberta-nos dos nossos pecados,
mites fac et castos.
Tornai-nos mansos e castos.

Vitam præsta puram,
Concede uma vida pura,
iter para tutum,
Prepara um caminho seguro:
ut videntes Jesum
Para que, vendo Jesus,
semper collætemur.
Possamos sempre alegrar-nos.

Sit laus Deo Patri,
Louvado seja Deus Pai,
summo Christo decus,
Glória ao Cristo Altíssimo,
Spiritui Sancto
Ao Espírito Santo
tribus honor unus. Amen
Honra, aos Três igualmente. Amém.

The barn Barbedette

Conclusão – O Segredo Final, o Nascimento

Descobriu-se que em Pontmain Nossa Senhora atraiu multidões para conceder graças de santidade e arrependimento; as curas físicas foram poucas para que o abade Guérin, vendo tão grande número de pessoas retornando a Deus, a chamasse “Nossa Senhora da Conversão.”

É isso que está em jogo no fim dos tempos, quando não são os corpos que precisam ser curados, mas as almas. Portanto, seu nome oficial é:

Nossa Senhora da Esperança de Pontmain

E falando em esperança, concluirei com um pequeno paralelo sobre o conceito de nascimento. Então, por que a Virgem está mostrando um vestido grande sem cinto e sapatos que parecem chinelos?

Porque este é o cuidado com as mulheres grávidas, ou melhor, com a mulher que acabou de dar à luz, mas a bela Senhora não está esperando, mas sim na privacidade de Sua própria casa, como é no tempo da gravidez, cerca de 40 dias após o parto, bem simbolizado pelos 40 dias de jejum no deserto ou os 40 anos anteriores à entrada na Terra Prometida.

Esta é a razão de Sua longa estadia além (3½ horas) para que a purificação dos filhos de Deus fosse concluída através da grande tribulação.

Que tipo de nascimento é mencionado nestes tempos apocalípticos? Trata-se da humanidade cristã que Jesus, depois de deixar a Terra, quis levar adiante por meio de Sua Igreja.

A própria Igreja, aliás, passaria pelas mesmas fases da formação de um homem: concepção, nascimento, infância, maturidade e declínio; assim como a imagem de Sua Divina Mestra, cuja vida, paixão, morte, sepultamento, ressurreição ou renascimento são o emblema da semelhante Ressurreição da Igreja, a futura Jerusalém Celestial.

Nosso Senhor também usa várias vezes o conceito de trabalho e parto.

A duração real de uma gravidez é de 38 semanas ou 266 dias entre a ovulação e o nascimento. Ao final deste período, o parto ocorre.

Então: tempo = 38 semanas de gravidez = 266 dias; nascimento na 39ª semana.

Conclusão:

– Cristo foi ressuscitado entre a 38ª e a 39ª hora.
– Em Pontmain, 38 homens foram para a guerra e todos retornaram.
– O departamento de La Salette tem o número 38.
– O paralítico de Bethesda estava doente por 38 anos.
– 13 de maio de 2016 usará, surpreendentemente, o 38º mês do pontificado de Francisco (que pode marcar a entrada da humanidade nos tempos de tribulação), e será o dia em que a aparição de Fátima entrará em seu 100º ano (com o fim de cem anos permitidos a Satanás; NDT), e o Papa entrará em seu 39º mês de investidura.

É, portanto, tudo muito claro: o Papa Francisco é o último papa de um ciclo completo da Igreja Petrina contada em Apocalipse que termina com o nascimento de uma Nova Igreja Chamada a Jerusalém Celestial.

O Renascimento da Igreja é, portanto, anunciado em 13 de maio de 2016, a data a partir da qual desencadearão os eventos recentes necessários para sua ressurreição: a queda de Babilônia, o castigo dos ímpios e a purificação final dos filhos de Deus.

É, portanto, possível e muito provável que, a partir desse momento, vários eventos se desenrolem como arautos do “Dies Irae” (ou Dia da Ira).

Com isso, já são três anos que estou alertando incansavelmente meus contemporâneos. Mas eles sorriem e continuam a acreditar em mentiras e soluções humanas. No entanto, um dia o invisível se tornará visível e, nesse momento, não haverá perdão possível para ninguém.

É necessário se preparar antes, para tornar tersas nossas almas, rejeitando nossos pecados e combatendo-os.

No livro de Jonas, a cidade de Nínive foi poupada porque a totalidade de seus habitantes se arrependeu por 40 dias.

A Babilônia de hoje, apesar do grito de alarme dos apóstolos dos últimos dias, não quer mudar de ideia, eles confiam em mensagens e avisos do céu que vêm de todos os lados em grande número.

Por esta razão, a grande Babilônia não será poupada; seus 40 dias estão prestes a acabar e ela acabará caindo em vergonha inesperadamente e de repente.

Aquele que tem ouvidos atenda ao que o Espírito diz às igrejas (a frase repetida 7 vezes, no final de cada igreja descrita nos Capítulos 2 e 3 de Apocalipse).

Esclarecimento

Este artigo é o texto da minha conferência dada em Tilly-sur-Seulles em 23 de abril de 2016. A interpretação da aparição de Pontmain é pessoal para mim, exceto pela passagem relativa à mensagem codificada (os 3 períodos de 1871 a 1965), que é o resultado de um trabalho coletivo, uma descoberta feita com meus amigos do grupo de Pontmain, dirigido por Chouan de cœur, que se reúne todo dia 17 do mês em Pontmain para pedir a Nossa Senhora o retorno do Rei.

Autor – Louis D’Alencourt